sexta-feira, 28 de maio de 2010

Mercado cambial

O mercado onde ocorrem as trocas de moeda nacional por moeda internacional.

Os principais participantes do mercado de câmbio são:
-Bancos comerciais
-Corporações Internacionais (Multinacionais)
-Instituições financeiras não-bancárias (ex. fundos de pensão e corretoras)
-Bancos Centrais
-Comércio de câmbio entre os bancos

O mercado interbancário responde pela maioria das transações do mercado de câmbio.
Os bancos comerciais fazem a intermediação de transações dos clientes, de outros bancos e trabalham com recursos próprios a principal moeda utilizada é DOLAR Norte Americano.

Os bancos comerciais são os principais atores para transferir poder de compra entre países.
A transferência de recursos é feita eletronicamente e os bancos funcionam como “câmaras de compensação”. Um banco que tem excesso de moeda estrangeira vende para outro que precisa para seus clientes.

O mercado cambial transaciona mais de US$ 1 trilhão ao dia; a maior parte deste movimento é contábil. Exemplo: um importador no Brasil paga sua compra no exterior: sua conta é debitada em R$ aqui e o vendedor recebe um crédito em US$ no exterior.
O volume mundial da negociação de câmbio é enorme, e tem aumentado nos anos recentes.
Novas tecnologias,nas áreas de telecomunicação e informática, são utilizadas entre os principais centros de comércio de ativos financeiros (Londres, Nova Iorque, Tóquio, Frankfurt e Cingapura).

A integração dos centros financeiros implica que não podem existir lucros por arbitragem significativos.

O processo de comprar uma moeda barata e vendê-la mais cara.
Vale a Lei do Preço Único.
Moeda que é amplamente utilizada para denominar os contratos internacionais feitos por partes que não residem no pais que emite a moeda veículo.

Exemplo: Em 2001, cerca de 90% das transações entre bancos envolveram trocas de moedas estrangeiras por dólares norte-americanos.
Taxas de câmbio à vista
Aplicadas para transações de câmbio que ocorrem à vista.

Taxas de Câmbio Futuras
Aplicadas para transações de câmbio que ocorrem em uma data futura a uma taxa de câmbio pré-negociada.

As taxas de câmbio à vista e futura, embora não necessariamente iguais, movem-se quase juntas. As duas taxas tem uma correlação alta.
A taxa spot demora até 2 dias para ser liquidada; acima de dois dias é mercado futuro. Os contratos são para 30, 60, 90 e 180 dias.

O contrato especifica que em uma data futura haverá a entrega de moeda estrangeira a uma taxa acordada entre as partes.
Quem vende a futuro uma moeda estrangeira, está “vendido” em US$ e “comprado” em R$.
Vantagem de participar do mercado futuro de câmbio, (equivale a compra de uma apólice de seguro).

Exemplo: Um importador brasileiro compra uma máquina por US$ 100 e pode vende-la por R$ 215; se a taxa de câmbio for R$ 1,85 ele ganha R$ 30. O lucro depende da taxa de câmbio.
O importador não tem o dinheiro para liquidar a operação à vista. A máquina precisa ser vendida primeiro e depois fechar o câmbio.
Se o Real se desvalorizar abruptamente para R$ 2,3 o importador terá um prejuízo de R$ 15.
Para neutralizar este risco, o importador poderia fazer uma operação a futuro com seu banco. Se o banco concordar em vender dólares à R$ 2,0 em 30 dias, o importador tem a segurança de pagar R$ 200 por máquina, portanto de ter um lucro de R$ 15.
Este mercado surgiu em 1972, na Bolsa Mercantil de Chicago.
Os valores são padronizados; estão disponíveis algumas datas de vencimento e os lotes tendem a ser pequenos.

Inflação

Em economia, inflação é a queda do valor de mercado ou poder de compra do dinheiro. Isso é equivalente ao aumento no nível geral de preços. Inflação é o oposto de deflação. Inflação zero, ou muito baixa, é uma situação chamada de estabilidade de preços.

Em alguns contextos, a palavra inflação é utilizada para significar um aumento no suprimento de dinheiro e a expansão monetária, o que é às vezes visto como a causa do aumento de preços; alguns economistas (como os da Escola austríaca) preferem o primeiro significado, em vez de definir inflação pelo aumento de preços. Assim, por exemplo, alguns estudiosos da década de 1920 nos EUA referem-se a inflação, ainda que os preços não estivessem aumentando naquele período. Mas de um modo geral, a palavra inflação é usada como aumento de preços, a menos que um significado alternativo seja expressamente especificado. Outra distinção também se faz quando analisam-se os efeitos internos e externos da inflação: externamente, a inflação se traduz mais por uma desvalorização da moeda local frente a outras, e internamente ela se exprime mais no aumento do volume de dinheiro e aumento dos preços.

Um exemplo clássico de inflação foi o aumento de preços no Império Romano, causado pela desvalorização dos denários que, antes confeccionados em ouro puro, passaram a ser fabricados com todo tipo de impurezas. O imperador Diocleciano, ao invés de perceber essa causa, já que a ciência econômica ainda não existia, culpou a avareza dos mercadores pela alta dos preços, promulgando em 301 um edito que punia com a morte qualquer um que praticasse preços acima dos fixados.

A inflação pode ser contrastada com a reflação, que é ou um aumento de preços de um estado deflacionado, ou alternativamente, uma redução na taxa de deflação (ou seja, situações em que o nível geral de preços está caindo em uma taxa decrescente). Um termo relacionado é desinflação, que é uma redução na taxa de inflação, mas não o suficiente para causar deflação.

Processos inflacionários

Os processos inflacionários podem ser classificados, segundo algumas características como:

* Inflação prematura - processo inflacionário gerado pelo aumento dos preços sem que o pleno emprego seja atendido.
* Inflação reprimida - processo inflacionário gerado pelo congelamento dos preços por parte do governo.
* Inflação de custo - processo inflacionário gerado pelo aumento dos custos de produção.

Por causa de uma redução na oferta de fatores de produção, o seu preço aumenta, com o custo dos fatores de produção mais altos, a produção se reduz e ocorre uma redução na oferta dos bens de consumo aumentando seu preço. Ocorre, ceteris paribus, quando a produção se reduz.

* Inflação de demanda - processo inflacionário gerado pelo aumento do consumo com a economia em pleno emprego. Ou seja, os preços sobem por que há aumento geral da demanda sem um acompanhamento no crescimento da oferta.

Esse tipo de inflação é causada também pela emissão elevada de moeda e aumento nos níveis de investimento, pois, ceteris paribus, passa a haver muito dinheiro à cata de poucas mercadorias. Uma das formas utilizadas para o controle de uma crise de inflação de demanda, é um redução na oferta de moeda, que gera uma redução no crédito, e conseqüente desaceleração econômica. Outra alternativas são o aumento de tributos, elevação da taxa de juros e das restrições de crédito.

Há ainda aqueles que discutem a chamada inflação (por razão) estrutural, proposta pela CEPAL, que tem a ver com alguma questão especifica de uma determinado mercado, como pressão de sindicatos, tabelamento de preços acima do valor de mercado (caso do salário mínimo), imperfeições técnicas no mecanismo de compra e venda.

Outro tipo de inflação, também muito danoso, é a Inflação Inercial, onde há um circulo vicioso de elevação de preços, taxas e contratos, com base em índices de inflação passados. Quase na mesma linha, podemos citar ainda a Inflação de Expectativas, consequência de um aumento de preços provocados pelas projeções dos agentes sobre a inflação.

Distorções

A inflação é responsável por diversas distorções na economia. As principais distorções acontecem na Distribuição de Renda (já que assalariados não tem a mesma capacidade de repassar os aumentos de seus custos, como fazem empresários e governos, ficando seus orçamentos cada vez mais reduzidos até a chegada do reajuste), na Balança de Pagamentos (inflação interna maior que a externa causa encarecimento do produto nacional com relação ao importado o que provoca aumento nas importações e redução nas exportações), na Formação de Expectativas (diante da imprevisibilidade da economia, o empresariado reduz seus investimentos), no Mercado de Capitais (causa migração de aplicações monetárias para aplicações em bens de raiz (terra, imóveis), e também a Ilusão Monetária (interpretação errada da relação de ajuste do salário nominal com o salário real, que gera percepção de maior renda e consequentemente decisões equivocadas. As pessoas, julgando-se mais ricas, demandam mais bens e serviços e, com oferta a pleno emprego, causa inflação).

O papel da inflação na economia

Um efeito da inflação de pequena escala é que se torna mais difícil renegociar alguns preços, e particularmente contratos e salários, para valores mais baixos—então com o aumento geral de preços é mais fácil para que os preços relativos se ajustem. Muitos valores são bastante inelásticos para baixo, e tendem a subir; logo, os esforços para manter uma taxa zero de o nivel aumenta) irão punir outros setores com queda de preços, lucros e empregos. Por conta disso alguns economistas e executivos vêem essa inflação suave como um mecanismo de "lubrificação" do comércio. Segundo algumas escolas de economia, esforços para manter uma estabilidade completa de preços podem também levar à deflação (queda constante de preços), que podem ser bastante destrutiva, estimulando falências, concordatas e finalmente a recessão, que é o "descontrole" ou "descomando", da economia, alertado por Keynes, em sua obra que foi editada finalmente em 1936, conhecida desde então por todos os economistas do "Mundo das Ciências Econômicas".

Muitos na comunidade financeira lembram do "risco escondido" da inflação como um incentivo essencial para o investimento, ao invés da simples poupança, riqueza acumulada. A inflação, desta perspectiva, é vista como a expressão no mercado do valor temporal do dinheiro ou mais precisamente moeda, no chamado "economês" (linguagem da do mundo da ciência econômica). Ou seja, se um real hoje é mais valioso que um real daqui a um ano, devido à desvalorização dos meios de produção, fonte desse real, então, deve haver uma desvalorização também do real na economia como um todo, no futuro. Desta perspectiva, a inflação representa a incerteza ou sobre - valorização de "algo" que na verdade não existe, ou seja sobre o valor ou "renda, composta da e na moeda no e do futuro".

Segundo os economistas da Escola austríaca, a inflação (no sentido clássico), provoca efeitos sobre a estrutura de produção da economia. Numa re-acomodação, no que seria uma forma de dessa forma se fazer algo para socialmente se posicionasse redistribuindo rendas e causando uma desproporcionalidade sem rejeição, em relação ao volume de demanda para os vários setores da economia, o que Keynes, concorda, já que os preços não mudam todos juntos (ceteris paribus); e sim cada um com diferente intensidade econométrica. No caso de inflação monetária, da moeda, em si, em que a moeda é injetada no mercado de crédito(que é a moeda); o que acaba por se tornar em investimentos ineficientes aos que são criados, e o que leva finalmente, às crises econômicas.

A inflação, entretanto, além destas conseqüências tem vários outros efeitos crescentemente negativos na economia. Efeitos que se relacionam com o "abatimento" de atividade econômica prévia. Desde que a inflação é geralmente resultado de políticas erradas, governamentais; segundo Keynes, para aumentar a disponibilidade de moeda, pois a moeda TEM QUE SER REAL, dessa forma, a contribuição do governo para um ambiente inflacionário é vista como uma variação para mais ou para menos na chamada "taxa sobre a moeda em circulação", o "JURO", como controle ou COMANDO. Com o aumento ou diminuição da inflação; aumenta ou diminui, desse peso, sobre o dinheiro em circulação—isso por sua vez promove um aumento da velocidade, na fórmula de Keynes(vide obra), de circulação do dinheiro, mais precisamente ou econometricamente moeda, o que por sua vez reforça para mais ou para menos o processo inflacionário (veja teoria quantitativa da moeda) de Keynes, em um ciclo virtuoso ou vicioso, que pode levar à hiperinflação ou ao equilíbrio.

* A crescente incerteza pode desestimular o investimento e a poupança.
* Redistribuição
o Haverá redistribuição da renda, que se transfere progressivamente daqueles com rendas fixas (locatários, por exemplo) para aqueles com rendas mais flexíveis.
o De modo similar será beneficiado o indivíduo que emprestou dinheiro ou moeda, a uma taxa fixa, pois a política, como vimos acima é dinâmica, e será prejudicado, na figura do emprestador, que foi surpreendido pela inflação, muitas vezes se suicida, como em 1929.
* Comércio exterior: se a taxa de inflação for maior do que a praticada em outros países, uma tarifa fixa de comércio será solapada pelo enfraquecimento da posição do país na balança comercial.
* Aumento dos custos relativos a maior velocidade de circulação do dinheiro ou mais precisamente moeda(o exemplo simples é das pessoas que precisarão ir mais ao banco). Também devem ser considerados os custos, para empresas, da mudança continuada de preços (por exemplo, restaurantes que precisam constantemente refazer seus cardápios, ou cestas de aplicação financeira com vistas ao mundo real e não financeiro, com sua "ciranda").
* hiperinflação: ou "ciranda"(vide processo hiperinflacionário da Nova República Brasileira(1985- 1995), onde, se a inflação ficar totalmente fora de controle, interfere pesadamente no funcionamento normal da economia; prejudicando sua capacidade REAL da oferta de bens.

Numa economia em que alguns setores são "indexados" ou "REALIZADOS ou CORRIGIDOS, quanto à inflação e outros não, ... - a inflação age como uma redistribuição em sentido dos setores indexados(O REAL, que verdadeiramente está crescendo) e afastando-se dos setores não-indexados(os FALSOS, super valorizados, uma vez que a Economia se apresenta INVERTIDA, procure entender usando Cálculo Matemático, em quadrantes diferentes de desenvolvimento Econômico).

Por conta destes efeitos nefastos(em quadrantes diferentes, usando-se Matemática e o Cálculo da Econometria), os bancos centrais costumam definir a estabilidade de preços como um objetivo primordial de suas políticas, com uma inflação perceptível, mas baixa, como ideal.

Por outro lado, segundo alguns economistas de formação heterodoxa, tais como Celso Furtado, a inflação não é um fenômeno meramente monetário: sua raiz está na questão distributiva, como Keynes também afirma, entre os grupos sociais de uma economia. Isto é, a inflação de preços é o meio pelo qual os grupos sociais ligados às atividades produtivas dispõem para ampliar a sua apropriação do acréscimo de renda criado no processo de crescimento econômico, levando a economia para novos equilíbrios distributivos entre esses grupos. Conforme o argumento de Furtado, se a inflação fosse um efeito meramente monetário e neutro em relação ao lado real da economia (o lado da produção de bens e serviços), sem afetar a distribuição de renda, o aumento generalizado de preços deveria ocorrer de forma proporcionalmente simétrico para todos os setores da economia e não é o que é empiricamente comprovado, defendendo a teoria de Keynes.

Medição da inflação

A medição da inflação é feita através de uma grandeza denominada núcleo da inflação: mede o que os economistas chamam de "coração da inflação". O Banco Central do Brasil utiliza o modelo de médias aparadas: ou seja, excluem-se as altas e baixas mais expressivas. Em outras palavras, todo o índice é bom, o segredo científico, da verdade científica está em não ficar mudando de indicador(palavras do Ministro Delfim Neto) pois mais cedo ou mais tarde será corrigido esse índice pelo levantamento científico dos valores, pelos órgão científicos competentes.

Um outro modelo é o utilizado pelo FED (o banco central americano): aqui, são excluídos do cálculo os preços de itens mais sujeitos a choques de custo, como alimentos e energia.


Histórico do Quadro Inflacionário no Brasil

Os índices de inflação no Brasil são medidos de diversas maneiras. Duas formas de medir a inflação ao consumir são o INPC, aplicado a famílias de baixa renda (aquelas que tenham renda de um a seis salários mínimos)e o IPCA, aplicado para famílias que recebem um montante de até quarenta salários mínimos.

Até 1994 a economia brasileira sofreu com inflação alta, entrando num processo de hiperinflação na década de 80. Esse processo só foi interrompido em 1994, com a criação do Plano Real e a mudança da moeda para o real (R$), atual moeda do país. Atualmente a inflação é controlada pelo Banco Central através da política monetária que segue o regime de metas de inflação.

Índices da inflação (IBGE)


* Década de 1930 = média anual de 6%;
* Década de 1940 = média anual de 12%;
* Década de 1950 = 19%
* Décadas de 1960 e 1970 = 40%
* Década de 1980 = 330%
o Nota = Entre 1985 e 1994 as taxas da inflação no Brasil foram altas.
* Entre 1990 a 1994 =média anual de 764%
* Entre 1995 a 2000 = média anual de 8,6%
* Ano de 2004 = 7,60%
* Ano de 2005 = 5,69% (IPCA): limite máximo na meta oficial = 7%; objetivo do governo = 5,1%;

Especificamente, temos o seguinte quadro inflacionário pelo IPCA cheio, no período 1998-2009:

* 1998 = 1,65%
* 1999 = 8,94%
* 2000 = 5,97%
* 2001 = 7,67%
* 2002 = 12,53%
* 2003 = 9,3%
* 2004 = 7,6%
* 2005 = 5,69%
* 2006 = 3,14%
* 2007 = 4,46%
* 2008 = 12,08%
* 2009 = 4,31%

A moeda nacional do Brasil mudou de nome várias vezes, principalmente nos períodos de altos índices de inflação em tal país. Na maioria das renomeações monetárias, foram cortados três dígitos de zero, estratégia esta que impediu que um quilo de carne custasse cerca de quatro milhões de unidades da moeda vigente, por exemplo.

* Até 1942: Real (Réis)
* De 1942 a 1967: cruzeiro
* De 1967 a 1970: cruzeiro novo
* De 1970 a 1986: cruzeiro
* De 1986 a 1989: cruzado
* De 1989 a 1990: cruzado novo
* De 1990 a 1993: cruzeiro
* De 1993 a 1994: cruzeiro real e Unidade Real de Valor (URV)
* De 1994 até hoje: Real

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Faça seu dinheiro render

Com o cenário favorável para o País, a expectativa da economia é também de crescimento para vários setores, entre eles imóveis. A valorização dos terrenos tem sido grande na cidade, mas é preciso pesquisar bem antes de comprar e não pegar carona no ânimo dos outros. Antes de adquirir o bem deve ser avaliada a área, a perspectiva de valorização do local e se o preço pago é justo ou barato em relação as possibilidades previstas e a qualidade do imóvel. Isso também vale para qualquer tipo de aplicação.

Contas
O economista Henrique Marinho sugere que o momento é propício para aplicações de renda fixa pós-fixadas. E se tiver que renovar as operações do tipo pré-fixada que seja por no máximo 30 dias para ir avaliando a expectativa de inflação. Explica que a aplicação no Tesouro Direto é uma alternativa para médio e longo prazos (mais de um ano). ``O ideal nesse momento é comprar títulos pós-fixados``.

Marinho diz que para 2010 estão na lista dos prováveis melhores rendimentos a bolsa de valores, que deverá proporcionar um bom rendimento, apesar de muito inferior ao ano passado. ``Agora o rendimento será em função da retomada da economia.

Os demais ativos que poderão apresentar melhores desempenhos são os CDBs/RDBs, fundos de renda fixa, pós-fixados ou DI, porque acompanharão a possível elevação da Selic``, afirma. Acrescenta que para quem quer aplicar em ouro as perspectivas não são muito claras, porque depende do desempenho do dólar como moeda conversível e as perspectivas de retomada da economia americana não são claras, principalmente pelo seu atual perfil de dívida pública.

Quanto a imóveis, observa que as perspectivas são boas, mas lembra que este ativo não tem ``liquidez``, ou seja, não poderá ser transformado em dinheiro rapidamente. Mas é uma ótima aplicação de longo prazo para quem tem dinheiro para investir.

Poupança
Com um crescimento recorde no ano passado e aplicações milionárias, a poupança é considerada a aplicação mais conservadora do mercado, garantindo uma rentabilidade mínima. Hoje em 0,5% ao mês, mais a variação da Taxa de Referência (TR ). Embora vários analistas não destaquem esta opção, ela é a mais indicada para quem tem pouco dinheiro e não pode arriscar nenhum tipo de prejuízo.

Planejamento financeiro

Muitas vezes nos enganamos ao acreditar que temos habilidades múltiplas e conhecimento amplo e, por vezes, decidimos conduzir nossas vidas e nossos negócios, por nossa própria cabeça. A conseqüência é que algumas vezes pagamos um preço muito alto pela escolha deste caminho. Nas coisas complicadas e nas mais corriqueiras necessitamos do conhecimento do outro para nos auxiliar.

Quando o seu carro ``pifa``, a praxe é você procurar um mecânico profissional para diagnosticar o problema e resolver seu problema. Se a dificuldade é com a saúde, o médico é aquele em que depositamos nossa confiança e esperança para avaliar, diagnosticar e recomendar o tratamento adequado. Se por outro lado, o entrave é de ordem legal, o advogado é o especialista em quem confiamos a fim de encontrar o suporte e a orientação para a solução de nossos problemas. Poderíamos dar inúmeros exemplos de áreas de nossas em vidas que não temos ``know how`` e, que por isso, necessitamos de alguém que o tenha para nos dar a melhor orientação.

Assim, surge a figura do planejador financeiro que procura entender os objetivos, necessidades e expectativas do seu cliente, de forma ética e confidencial, para oferecer-lhe soluções específicas que melhor se adaptem à sua realidade e lhe dê segurança para tomar decisões de cunho financeiro, a curto, médio e longo prazos. Embora esta atividade já exista na Europa e Estados Unidos há mais de 100 anos, o Brasil despertou para a importância do planejador financeiro somente nos últimos vinte anos.

Em tempos de mercados financeiros vigorosos e cada vez mais complexos, o planejador financeiro, se apresenta como o profissional com expertise para ``ler`` a diversidade de ofertas e alternativas de investimento, tornando-se fundamental o seu aconselhamento para avaliar e orientar a escolha das melhores oportunidades para seus clientes.

Quem de nós já não se perguntou alguma vez se o melhor investimento é a aquisição de bens imóveis, se a taxa de juros do financiamento de sua casa é excessiva ou não, se seria mais rentável ariscar no mercado de ações ou investir na compra de um apartamento ou ainda se teremos suficientes recursos econômicos na aposentadoria para mantermos o mesmo nível de vida que levamos agora?

Todas estás perguntas devem ser respondidas em profundidade e detalhe para ajudar-nos a otimizar nossos recursos e para nos oferecer alternativas ante nossas dúvidas crescentes à medida que os recursos econômicos que manejamos se diluem numa infinidades de ofertas, que em muitos casos, a posteriori, comprovamos que não nos resultaram satisfatórias.

O planejador financeiro é o profissional que pode oferecer discernimento valioso aos que desejam equilíbrio e sucesso financeiro sobre os fatores que afetam a economia e, em última análise, as alternativas de investimento, gerenciamento de risco, planejamento financeiro, fiscal e sucessório.

O Brasil despertou para a importância do planejador financeiro

Melhor investimento

Num ano de muita expectativa em relação ao Brasil - crescimento de 5% a 6% do Produto Interno Bruto (PIB) - muita gente quer saber onde investir. Especialistas ouvidos pelo O POVO apostam que nesse momento em que se espera a subida dos juros básicos da economia (taxa Selic) o mais acertado é aplicar em renda fixa, títulos e papéis do Tesouro Nacional, tudo pós-fixado. Mas, mesmo com as oscilações esperadas para o mercado de renda variável, as ações não ficam de fora. É preciso apenas acompanhar a volatilidade a partir da observação do cenário econômico internacional.

O investidor também terá que reconhecer o seu perfil e saber se está mais apto ao risco para obter ganhos maiores, ou garantir uma rentabilidade mínima e assegurar que não terá prejuízos.

Para as pessoas com esse tipo de personalidade, os analistas normalmente colocam opções consideradas menos arrojadas ou agressivas. Entre as ofertas, papéis como títulos do governo, poupança, ouro e a compra de imóveis.

Já para os agressivos são oferecidas aplicações em bolsas e até em papéis até pouco negociados, mas considerados com boas possibilidades de ganhos. Entretanto, com as eleições, existe uma una unanimidade no mercado: este ano será de grandes emoções e sem um resultado muito bom para o mercado de capitais em relação ao ano passado. Apesar disso, as bolsas ainda devem proporcionar ganhos financeiros. O economista José Maria Porto, da Parceirize Consultoria Empresarial, é partidário dessa opinião. Ele confirma que este ano será de muita volatilidade e de fortes emoções para aqueles que decidirem investir em ações.

``Até o final do ano a bolsa deve apresentar uma valorização acima da média das aplicações em renda fixa``, completa, considerando que, diferente de 2009, quando a valorização da Bolsa foi de cerca de 83%, em média, os papéis renderão bem menos. Explica que a base para o crescimento das Bolsas agora está mais alta, significando que algumas ações já estão com preço justo. ``Quando chega nessa situação é necessário que algo de positivo aconteça para que a ação chegue a um novo patamar de preço``.

O especialista observa ainda que o Banco Central, temendo a inflação, deverá aumentar os juros nos próximos meses. Adianta que o patamar de juros em torno de 11% no final de 2010 é quase consenso entre os economistas, o que é altamente favorável à renda fixa. ``Diante desse cenário é aconselhável a aplicação em fundos de investimento DI que tenham na sua composição títulos pós-fixados indexados a Taxa Selic ou CDI.